Durante anos, fui um estranho para mim mesmo. Minha existência se resumia a atender demandas externas, enquanto minha essência definhava. A consequência foi inevitável: minha mente adoeceu e meu corpo gritou. A gastrite nervosa, a raiva incontrolável e a frustração crônica eram apenas sintomas de uma alma desconectada de seu propósito.
Meu "despertar" não foi um momento de iluminação, mas uma decisão forjada no aço frio de duas cirurgias abdominais.
Foi quando percebi que o "machado" da minha vida não só estava cego, mas torto – cortando sempre na direção errada, contra mim mesmo. A exaustão física foi o empurrão final que me levou a uma busca implacável por autoconhecimento.
Comecei a investigar por que reagia daquela forma. Mergulhei na análise dos meus traços, temperamentos e na decodificação da minha inteligência inconsciente. Esse mapeamento me revelou as correntes invisíveis que me prendiam e drenavam minhas forças.
O passo final foi o resgate deliberado da minha força masculina – não como violência, mas como presença, foco e capacidade de ação.
Hoje, minha missão é clara: guiar homens que, como eu um dia, estão competentes por fora, mas paralisados por dentro. Homens que sabem que têm um potencial gigantesco, mas seguem presos em ciclos de autossabotagem e insatisfação.