Rhavier Pereira

Fato é que tentar entender a mente humana, seus conflitos e desafios não está limitada a uma única disciplina ou formação, quem dedica-se a querer ajudar outras pessoas deve levar em consideração uma formação multidisciplinar em que os desafios individuais e coletivos do seu tempo histórico sejam levados em consideração. Esse é justamente o meu percurso.

“A sociedade pode ser comparada a uma parede de tijolos, em que cada pessoa representa um desses blocos. No entanto, para manter essa 'parede' firme e coesa, é essencial que exista algo que preserve os tijolos, mantendo-os unidos." Essa metáfora foi utilizada por minha professora de introdução sociológica durante minha primeira graduação em 2014. Em resumo, essa comparação ilustra que a sociedade não consiste apenas em um conjunto de pessoas, mas também requer elementos compartilhados entre os indivíduos que promovam a coesão. Essa simples analogia não apenas acompanhou minha formação, mas também explica a conexão entre todas as áreas de estudo que explorei até o momento, seja a sociologia, a psicanálise, a filosofia, as artes, a literatura ou o cinema.

Falando um pouco sobre minha trajetória, já na primeira semana de aula no curso de Ciências Sociais na UFSCar, participei de um grupo de pesquisa que se dedicava à saúde física e mental dos trabalhadores. Esse tema continuou a me acompanhar durante meu mestrado e doutorado, em andamento na Unicamp. Simultaneamente, busquei formação em psicanálise, iniciando minha jornada no Cefas e posteriormente aprofundando meu conhecimento com a especialização em Clínica Lacaniana no Instituto Távola. Esse conjunto de conhecimentos tem como objetivo compreender e proporcionar um espaço de reflexão sobre a sociedade, seus desafios e as formas de sofrimento psíquico enfrentadas pelos indivíduos na contemporaneidade.