Se você está prestes a começar sua primeira sessão de terapia, parabéns! A terapia é um dos melhores investimentos que você pode fazer em si mesmo. Mas é normal sentir aquele friozinho na barriga e pensar: “O que eu vou falar?”. A boa notícia é que essa primeira sessão não precisa ser um show de autoconfiança ou uma lista de confissões; pode ser leve, e até divertida. Vamos descomplicar essa ideia e ver o que você pode falar para começar a terapia com o pé direito (e sem ansiedade!).
Comece com uma pequena introdução: por que você está aqui?
Abrir o papo falando sobre por que você decidiu fazer terapia é uma ótima maneira de quebrar o gelo. Talvez você esteja lidando com alguma situação específica, como estresse no trabalho ou ansiedade nas alturas, ou talvez esteja em busca de se entender melhor. Seja qual for o motivo, essa é uma ótima maneira de começar e de dar uma ideia para o terapeuta sobre o que te trouxe até ali. E olha, não precisa de formalidade! Só compartilhe o que você sente, do seu jeito. Aliás, não se preocupe em organizar o pensamento; uma simples frase como “Eu queria entender melhor porque não estou tão bem” já ajuda muito!
Fale sobre o que anda tirando o seu sono (literal ou figuradamente)
Se algo específico vem te incomodando, este é o momento ideal para soltar o verbo. O legal é que você não precisa “preparar um discurso” ou escolher palavras perfeitas. Tá com dificuldade de lidar com algo? Está se sentindo estressado, meio perdido ou repetindo aquele padrão que te irrita? Jogue tudo na mesa! Aliás, pode até ser divertido observar como você vai colocando as questões e, sem perceber, o terapeuta vai conectando tudo com uma facilidade surpreendente.
E sim, pode parecer que são só “coisinhas do dia a dia” ou um monte de bobagens, mas esses detalhes são fundamentais para o terapeuta entender como você vive e o que mais impacta o seu bem-estar.
Sinta-se livre para contar um pouco da sua história
Se você quiser, pode contar um pouco sobre a sua vida, mas sem pressão! Essa não é uma entrevista de emprego, e você não precisa impressionar. Aliás, o legal aqui é ser você mesmo, com todas as suas histórias engraçadas, frustrantes ou meio malucas que fazem parte de quem você é. E, claro, pode ir com calma: não precisa abrir todo o livro da sua vida logo de cara! Compartilhe o que se sentir confortável em dividir, e deixe que o resto flua naturalmente.
Essa conversa inicial é só para o terapeuta entender um pouquinho da sua bagagem, então nada de pressão para dar um “resumo” da sua vida. Se quiser, pense em contar uns “capítulos principais,” com os fatos e momentos que você sente que moldaram quem você é.
Tem receios sobre a terapia? Fale sobre eles!
Sim, você pode e deve dizer tudo o que pensa sobre a terapia logo no começo! Se está um pouco inseguro, achando que vai ser esquisito se abrir para alguém, ou até com medo de ser julgado, fale isso logo de cara! O terapeuta está acostumado a ouvir esses receios e, falando sobre eles, você ajuda a criar um clima de confiança. Pode ser divertido até jogar na roda esses pensamentos do tipo: “Será que estou sendo muito exagerado?” ou “Será que vou ficar bem depois de falar sobre isso?”.
Além disso, compartilhar seus receios ou expectativas ajuda o terapeuta a entender melhor como tornar o processo o mais confortável e leve possível para você. Pode ter certeza: não existe pergunta boba ou preocupação exagerada.
Tá sem ideia? Comece por qualquer lugar!
Às vezes a gente chega na primeira sessão e, na hora, dá um branco: “Mas afinal, o que eu falo agora?” Se isso acontecer, relaxa! Não precisa saber por onde começar, porque o terapeuta está lá justamente para te ajudar com isso. Pode até ser algo bobo, do tipo: “Nossa, eu nem sei o que falar!” ou “Tô meio perdido aqui”. Isso já é um excelente começo!
Não existe um roteiro fixo, e qualquer coisa que vier à mente vale. Aliás, é bem comum que os assuntos mais importantes apareçam aos poucos, conforme a conversa vai rolando. Então, se deixe levar pelo momento, sem estresse!
Quer saber como a terapia funciona? Pergunte!
A primeira sessão é o momento ideal para entender o que esperar do processo. Tem curiosidade sobre o método do terapeuta, ou quer saber como ele trabalha? Pode perguntar sem medo! Existem várias abordagens terapêuticas (TCC, psicanálise, humanista…), e cada uma tem um estilo diferente, então vale a pena entender qual é o foco do trabalho e como isso pode te ajudar.
Entender o funcionamento da terapia não só tira um pouco do “mistério” da coisa, mas também deixa você mais seguro para o que vem pela frente. Afinal, é sempre mais fácil embarcar em algo novo quando a gente sabe como ele funciona, certo?
Fale sobre a frequência e duração das sessões
Outro tema que muita gente esquece de perguntar é a frequência das sessões. Normalmente, as consultas são semanais, mas você pode adaptar conforme a necessidade e disponibilidade. Se você acha que uma frequência menor ou maior seria melhor, compartilhe isso!
Também vale perguntar sobre a duração da terapia como um todo, especialmente se você busca algo mais curto ou está com disponibilidade limitada. A terapia pode ser adaptada, e o terapeuta vai te ajudar a planejar da melhor forma para alcançar os resultados que você deseja.
Tá nervoso? Relaxe e aproveite!
Se o nervosismo estiver batendo forte, lembre-se: o terapeuta não está lá para te julgar, mas para ajudar. Na verdade, ele já deve ter visto de tudo um pouco e está preparado para ouvir o que quer que você traga. Pense que você está num lugar seguro, onde pode falar sem censura, sem medo, e com total liberdade. E o mais importante: a primeira sessão é só o começo de uma jornada, então permita-se ir com calma.
A terapia é um espaço de liberdade, onde você vai poder explorar seus pensamentos e sentimentos sem pressa. Este é um processo que se constrói aos poucos, com cada conversa e cada insight, então aproveite cada momento para entender mais sobre si mesmo.
A primeira sessão de terapia pode parecer um grande passo, mas na prática, é apenas uma conversa que marca o início de uma caminhada. E, com o tempo, a terapia pode se tornar um dos lugares mais seguros para você ser você mesmo.